segunda-feira, 12 de novembro de 2007

*

Mais duas

Uma Data

Seis de Janeiro:
Dia de reis e plebeus
A estrela levou incenso,

mirra
e ouro.
A caverna deu excrementos,

palhas,
mugidos

e grunhidos.

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Cristo

Disseram-no Rei
Das vestes simples,

pensamentos nobres
Nasceu assim e assim viveu
Amante simples da pesca...

Das putas,
dos malditos,

dos excluídos:
- Escória daqueles mundos!
Fez, falou,

pregou e foi pregado.
Sangrou

e viveu e morreu e viveu.
Um Rei sem posses
- Deus! O maior dos anarquistas, graças ao Aníbal.


****************** o som!!!!
Minha Tribo Sou Eu
Zeca Baleiro
Composição: Zeca Baleiro

eu não sou cristão
eu não sou ateu
não sou japa
não sou chicano
não sou europeu
eu não sou negão
eu não sou judeu

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5 comentários:

Esther disse...

Rei sem posses é a maior lição, num mundo onde só há posses ( sei rei!). Beijo e boa semana.

o refúgio disse...

Adorei os poemas, de verdade. E a foto também.

Beijos, linda.

Jens disse...

Gostei do texto do Paulo Freire e dos teus poemas, onde sinto a presença de uma anarquista-marxista-cristã, apesar de muitos dizerem que esta é uma salada impossível de se misturar.
Um beijo, lindinha. Bom feriado.

Marcelo F. Carvalho disse...

O poema "Cristo" é algo de espetacular... Quero postar... Quero roubar... hehehe...
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Abraço forte!

Lado B disse...

lindo.....de fechar e abrir os olhos..:-)

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