quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Mudanças

Nem sei se era época de chuva ou de aberturas
As flores endoidaram.
Os pássaros souberam: no Sertão vai nevar!!!!!!
Viajaram da Sibéria às caatingas
Não tiveram outra reação
Cagaram e vomitaram nas rachaduras
antes da tempestade começar
Súbito a família tempo apareceu
Todas as gerações e encarnações
vieram de uma só vez,
cada qual com seus marcadores, ferros,

porcas, plásticos, ponteiros,
cordas e badalos
Vieram descendo
de longe era um simples

incômodo auditivo
Mas foi crescendo
E eles vieram: o TIC e o TAC
Tão ensurdecedores
que mataram os carregadores

da vida flora.

O som!

Drumembêis
Zeca Baleiro

em juazeiro salgueiro e petrolina
a noite é uma menina
londrina num drumembêis
tá todo mundo com medo do fim do mundo
mas pior que o fim do mundo
para mim é o fim do mês

3 comentários:

Esther disse...

Amo Zeca Baleiro...de paixão. Meu site profissional tem como fundo "Bicho de Sete Cabeças" .Bom carnaval com marchinhas e tudo.( Ainda há marchinhas? em algum canto desse Brasil, espero que sim..)
Bj.

Vais disse...

Cris se as marchinhas, acredito eu, deixarem de ser tocadas, é a perdição!
ahahahahahahaha
Beijo e tudo de bom

Moacy Cirne disse...

Oi, gente, ontem à noite estive em Copacabana, vendo/ouvindo/sambando (com) uma das bandas do bairro: a marchinha dominou do início ao fim. Abraços.

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...