quarta-feira, 30 de abril de 2008

sonhos

Num movimento de rotação
rodopio ante o impacto dum jato d’água:
tamanho natural
A mangueira a mulher a tinha segura nas mãos
Em pêlo a parede ampara-me
Água racionada.
Sêde tenho.
Alguém num canto morre por tudo
A terra:
Sêca, dura, torrões formam-se
” Reguem-me, frutifiquem-me, reproduzam-me, colham-me,
pois se assim for, serão compensados .”

(2001)




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Fazer retas sucintas...
Soldados senhores guardiães
permanecem na guarita.
E do lado de fora alguns estão...
Nua,
e tão nua escondo-me
Barram-me a entrada
- Gosto das alturas!
- Vim aqui escrever sonhos!
O lago das águas, absorvente das cores,
estendia-se...
Assim como estava, aguardava repreendida,
quando colocaram-me panos.
E a noite densa guardava a torre
'Um primo já morto dizia-me ter derramado lágrimas'
Enquanto esperava terminarem as conversações
Para as permissões, as embarcações...
Admirava serena a quietude e escuridão do lago
E pensava no porquê de estarmos ali
E no que faríamos dali por diante...
Sem estacas, cruzes, réstia
Ou mesmo a dita água-benta
Os vampiros da Noruega sabiam que chegaríamos.

(2001)

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