quarta-feira, 2 de junho de 2010

Anotações

feitas nos espaços do Documento Referência da CONAE 2010 – Conferência Nacional de Educação.

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Pensar atividades. A grande pergunta: como realmente fazer com que os pais/responsáveis se envolvam na educação escolar, no processo educacional de suas, nossas crianças, diante da indisponibilidade temporal?

....=> Parâmetros e diretrizes para continuarmos reproduzindo a lógica das relações capitalistas de dominação, ou para partirmos efetivamente, rompendo com esta lógica perversa, no sentido de construirmos uma nova sociedade socialista?
....=> Sugestão: a prática da solidariedade.

Quem são estes estudiosos? Por que só para a esfera pública?

Até aqui marquei todas e as muitas vezes que a palavra ‘qualidade’ apareceu. Quais são subjetividades envolvidas no processo de desenvolvimento/crescimento do ser humano que são traduzidas em uma só palavra, ‘qualidade’? Buscarei identificar o destrinchamento de ‘qualidade’.

Aparece a palavra trabalho. O fim da ‘qualidade’ é este, formar para o trabalho, nesta lógica capitalista? Triste fim.
Nós não devemos permitir mais as (de) formações geradas a partir da reprodução e fomento da competitividade desenfreada, o sucesso a todo custo, o dinheiro pra consumir, que vemos acontecendo em muitas escolas/instituições, e pra isso tem que trabalhar, trabalhar, trabalhar. Quero ver se terá em algum momento, formação do ser humano na sua mais profunda significação.
Antes de continuar a leitura, alguns tipos do que seriam todas estas ‘qualidades’. Qualidade social/formação integral com qualidade/educação de qualidade/padrão de qualidade/melhorar a qualidade do ensino.
Qualificar a rede pública para competirem de igual para igual no mercado/mundo do trabalho, contra a rede privada?

Educação X Trabalho/produção
Existe uma contradição: todos estes esforços para promoção das mudanças nas relações dentro da escola, em todas as dimensões, não entra em confronto com a realidade competitiva e violenta do mercado/mundo do trabalho, gerada pela lógica das relações capitalistas?

A moda conseguiu absorver todas as subjetividades humanas, inclusive usurpando da mais preciosa, a liberdade, em nome do consumo, desde as inovações tecno eletro domésticas, passando pelas ditaduras estéticas e os panos e adereços, a plastificação, etc... até o comportamento.

Pode ser colocado como uma sustentabilidade, as escolas trabalharem possibilidades a serem concretizadas, desde o pensar, elaborar, executar, no sentido de levar pais/mães/familiares/comunidade até a escola.

Possibilidade concreta de um novo direcionamento.

Elementos significativos, essenciais à construção de uma nova sociedade, fundamentados em práticas socialistas e libertárias, porém há uma supervalorização, excessiva e equivocada do sentido de trabalho. Se todo este documento, mesmo se valendo de termos mercadológicos subjetivados na terminologia ‘qualidade’ e suas composições, tiver na finalidade, na construção e materialização de novas relações, estes elementos colocados, aí sim, estaremos no caminho de uma outra sociedade, fundamentada, alicerçada, com base em valores que dignifiquem a existência.

Não basta pensar a segurança somente no ambiente institucional, mas uma segurança mais ampliada, como segurança no trânsito no entorno da escola, segurança contra a violência doméstica, dentre outras que estão relacionadas.

Todos estes processos avaliativos, de monitoramento, e antes de chegar ao final, todo este documento, só terão resultados satisfatórios, quando for erradicada a violência do processo de desenvolvimento educacional. Não adianta exigir da criança, do jovem, um resultado satisfatório nas avaliações, quando na escola ou no ambiente doméstico ou social, utilizam de métodos violentos nas convivências (coerção, poder, humilhação, discriminação, dominação, violência física, abusos, e outras) para se obter uma boa nota.

“Mundo do trabalho”, expressão que gera uma interpretação de que todos os esforços estão direcionados para a formação de competidores muito bem qualificados e com padrão de qualidade, para se digladiarem no mercado, e que vença o mais esperto, e não para a formação de seres humanos, aptos e capazes de desenvolverem todas as suas potencialidades com dignidade, resguardados, na prática, todos os direitos de fato.

Pensar a participação.
O que compreende esta formação? Cidadãos de consciência elevada que respeitam a natureza, o planeta e os semelhantes?
Para que haja distribuição é fundamental que se altere radicalmente a lógica de dominação capitalista que permeia as relações, pois é inconcebível ao capitalismo a divisão, em qualquer âmbito que ela possa se dar, divisão do saber, das riquezas, da cultura, e etc... Então se chega ao ponto de que, o único caminho viável para estancar a destruição capitalista em todos os níveis e sentidos, é o surgimento de uma nova práxis, contrária à destrutiva.
Democratizar e socializar. Socialismo democrático. Democracia socialista.
(Continua...)

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