sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mais alguns parágrafos do texto:
Liberalismo, marxismo e hegemonia – alguns pontos para pensar – Virgínia Fontes


..........O que significa o pensamento liberal e qual o seu papel hoje, principalmente na comunicação? em seu nascedouro, o liberalismo era combativo. Lutava contra privilégios de nascimento, contra a existência de uma hierarquia social que segregava os que faziam fortuna, mas não provinham de famílias nobres. Calcava sua argumentação no fato de que todos aqueles que conseguiam provar sua capacidade social através da fortuna expressariam o resultado de seu trabalho e, portanto, seriam mais meritórios do que aqueles que apenas haviam nascido ricos mas nada faziam para aumentar suas fortunas (caso dos nobres) ou do daqueles que, pobres, evidenciavam pela miséria sua própria incompetência. ..........Desde seus primórdios, o pensamento liberal está imerso em elementos contraditórios, embora muito interessantes. De um lado, considerava todos os homens iguais por natureza. Historicamente, lutava contra uma sociedade que supunha serem uns “escolhidos de Deus” (nobreza de sangue por desígnio divino) enquanto os demais eram relegados a uma situação permanente de segundo plano. De outro lado, justificava a desigualdade entre os homens, também invocando para tanto a natureza. Assim, considerava – e lutou por isso – que a riqueza fosse a unidade de medida que distinguisse tais homens iguais. (...) ..........O objetivo central do Estado para o pensamento liberal é o de contribuir para o aumento da riqueza e, portanto, não deveria estar ligado a distribuição de privilégios, devendo voltar-se resolutamente para acelerar as formas de produzir mais riqueza. Em palavras mais claras: o Estado não mais deveria responder a um Deus, mas a um mercado. O novo deus era composto apenas de cálculos e coisas, acumuláveis, empilháveis, deus do progresso num mundo pensado como uma imensa fábrica, vomitando produtos e identificando, pela acumulação, os mais capazes e competitivos. O Estado, esta entidade perigosa, era fundamental, pois deveria garantir a subordinação de todos ao progresso e, principalmente, ao processo de trabalho. Ao Estado cumpria pois interferir sempre que a produção – privada – se encontrasse ameaçada, inclusive pela rebeldia e exigências dos trabalhadores.


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desenho: eu



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Antes de navegar Deixei marcado, Nos grãos miúdos E muito muito pertinho uns dos outros, que as ondas puxarão levarão puxarão levarão... Eu li ces Aguardei Aguardo Aguardarei Em movimentos Espero Esperarei Até o quanto Até o quando Das paralelas Se encontrarem

(edel/ago/10)
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Desenho: eu

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