***Mas não por agora, prefiro colocar um som.***
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
antigo antigo
Por apenas um momento, fiquei invisível. Chamava, gritava, fazia gestos... e nada. Ela não me via nem ouvia! Assim, continuei invisível. . .
sábado, 26 de março de 2011
UM SOMMM!!!!
quinta-feira, 24 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Era um perfume tão pesado que os corpos se amolentavam, rendidos, e uma névoa de banho de vapor esfumava o contorno das flores de pétalas abertas, dos frutos enormes, que pareciam prestes a cair. Não se sabia se eram cobras dormentes, ou lianas semi-vivas, aquelas coisas pendidas das galharias... Pássaros não se viam, nem sáurios furtivos, nem grandes ou pequenos quadrúpedes. Mas gritos misteriosos, que a gente não podia identificar, feriam de quando em quando os ouvidos, acordando-os do torpor em que os adormecia o zumbir ininterrupto dos insetos. Os pés chapinhavam, como em barro, no musgo verdoengo que tapetava o chão.Caminháva-mos, arquejávamos, sem dizer palavra. O nosso guia e rei seguia à frente, invisível, sua presença acusando-se (nas horas de maior angustia, parecia) por um agitar frenético de guizos. Um dia, não mais o escutamos e cada qual, com um ingrato alívio, seguiu seu próprio caminho. Cada qual se extraviou, sentou-se, enfim, para morrer.E cada um morria pensando invejosamente que os outros houvessem encontrado alguma coisa, uma fonte de virtudes nunca imaginadas, uma princesa, um mágico, algum Deus ainda bárbaro ou no seu mais adiantado estágio, mas sempre um Deus, mas sempre alguma coisa. Pensava em tudo isto, sim... e sentia, no entanto, um monstruoso orgulho de morrer sozinho...
Não riam de mim só porque escrevo. Venho a querer coisas...
Não se sabe quem mais esquisito:
Coisas que espantam, trem que volta, negócios que aparecem.
Sherlock Holmes.
Se ir é progressivo, voltar nem sempre indica regresso(?).
A volta não é a volta em si. Ela vai e volta. Voltar e morrer. Tudo são maneiras...
Entenda:
A volta da vida na própria vida implica no morrer e viver, até mesmo voltar em única vida.
_ Meu caro, Watson! A volta...? Elementar!
(O redondo a girar no mistério do desconhecido)
.
.
Recanto.
Tento achar uma explicação. É simples. A opção deixa a dúvida. Separavam-se!
Falando em neurônios. Ããããããã?
O comando obedece ao comando. A hierarquia das ações, o pensamento...
Giram em sentido anti-horário.
Lei:
Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.
Usando a Terceira Lei de Newton:
Os fantasmas te perseguem, e vice-versa.
.
.
As nuvens ajustam-se ao olhar, às fantasias. As imagens aparecem e andam se contorcendo, formas disforme formas, novas formas surgem... formas...
.
A freqüência do vento é dita pelo som. Penetrar e cair no mundo das paralelas – reflexo do infinito!
As casas moldam-se ao contorno.
Delineio semânticas que expressem intencionalidades nos escritos que faço. São negativas, melancólicas, expoentes daquilo que sou. Embora talvez nem seja. De fato, crio mundos, percepções, confissões que não me traduzem ou sim. Não são auto-retratos ou são.
Nessa contradição permanente, esboço dicotomia, antinomia de mim. E por ser antagônica é que me faço ou não. Só existo na duplicidade proeminente que improvisa um mosaico, espelho de meu reflexo. Sou fractal. Pedaços que moldam esse todo compreendido somente enquanto tal.
Nacos de anseios, quereres, desilusões, alegrias e esse tudo-nada que me perfaz, complementam minha concretude. Substância errante perdida nos corpos fluídos das volições e angústias aconchegadas no colo escolhido para alentar a intensa profusão de ser.
Essas são expressões que germinam em momentos singulares, palavras jorradas da insana penúria de ambicionar e, muitas vezes, não poder objetivar subjetividades que, para outros, acabam não tendo significado.
Exponho-me a escrever porque nas letras encontro a matéria prima das caricaturas de alguém tão solta no mundo, que precisa se testar. E lego essas divagações ao efêmero ato de fazer daquilo que não é o que possa ser; do que possa ser o que não seja. Escrevo para transbordar esse eu dialético-dialógico transcendente e inesgotável. Sou não sendo.
domingo, 13 de março de 2011
BALAIO PORRETA 1986
Recomeço
Moacy Cirne
Sei do sonho:
procuro tua sombra na
penumbra
da memória líquida
e nada encontro.
A lua não é vermelha
não é violeta
não é verdecoisa
mas
os loucos da madrugada
anunciam as primeiras águas da manhã.
Sei do sonho?
Tua sombra pagã
é um corpo que me foge
das mãos cansadas de espantos
e abismos.
A árvore sonolenta
anoitece os meus delírios.
Não te vejo na claridade
do silêncio.
O sol é um pássaro ferido
na solidão
de meus gestos de meus gritos
e a hora cruviana
é uma graviola
grávida
de aromas e carnes
pronta para ser saboreada.
Sei.
Não foi um sonho.
Como encontrar,
então,
na
arquitetura fluvial
de meus quereres,
as linhas
e curvas
de teu corpo barrento-canela?
Ah, não! Ah, sim!
Existe um
grande sertão
nas veredas da minha paixão.
E eu sei do sonho.
Procuro tua sombra líquida
e nada encontro.
A lua não é verdeluã
mas tua sombra pagã
anoitece os meus delírios.
Como encontrar,
sol e solidão,
a arquitetura colonial de teu corpo fluvial?
Como encontrar,
no silêncio de meus gritos,
tua sombra teus aromas tuas carnes?
Sim,
não.
Tua memória vermelha
é uma sombra grávida de morenezas e reentrâncias
azuis.
Docemente azuis.
Barrentas e azuis.
.
sexta-feira, 11 de março de 2011
PRAEUMEOUVIR
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Mil demônios
Atravessam
Meu corpo
Mil dores
Cortam
Minha carne
Mil sentires
Retalham
Meu saber
Mil saberes
Estraçalham
Meu senso
Mil duvidas
Atravessam
Meu sim
Mil suspiros
Interrompem
Meu gozo
Mil olhos
Enxergam
Meu oculto
Mil vozes
Contestam
Meu dizer
Mil mentes
Reprovam
Meu viver
Mil viveres
Afrontam
Meu modo
Mil olhares
Censuram
Meu alvitre
Mil seres
Condenam
Meu pensar
Mil vezes
Serei
EU
Mariê
.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Um Som!
Por partes, até pra responder:)
Quando esta gravação saiu, em VHS, uma das irmãs comprou. Ouvimos muito, vendo e dançando, também.
Tem uma versão de Você não serve pra mim, que é do caralho. Das versões que conheço, feitas das canções que o Roberto Carlos canta, é a que mais gosto. Querendo, aqui.
terça-feira, 8 de março de 2011
8 de março
Para Loba.
y para las mujeres en las luchas.
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Paulo Leminski
nem toda hora
é obra
nem toda obra
é prima
algumas são mães
outras irmãs
algumas
clima
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Um pêssego: cheirosa, gostosa. Um veludo: suave, macia. Enternece que até amolece.
Ao feminino que habita.
A liberdade. A igualdade. A justiça. A fraternidade. A luta. A força. A dança. A música. A arte. A poesia. A prosa. A energia. A magia. A fantasia. A ousadia. A indignação. A imagem. A doideira. A máscara. A palavra. A mulher. A ...
segunda-feira, 7 de março de 2011
Águas de Março
Tom Jobim
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
(em nosso coração)
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cantando o Biquini
Cai Água, Cai Barraco
Biquini Cavadão
Cai água, cai barraco
Desenterra todo mundo
Cai água, cai montanha e enterra quem morreu
É sempre assim todo verão
O tempo fecha, inunda tudo
É sempre assim todo verão
Um dia acaba o mundo todo
A tormenta que se tornou
A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...
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