quinta-feira, 24 de março de 2011

clica que amplia.

Trouxe esta tirinha do F.,

lá do barro do sonho, do Marcello.

Pra dar um toque na minha contradição ou incoerência.


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Volto-me ao que já foi, talvez de 96.

Suposições ou especulações

Escrevo a mim mesma. Carta completamente narcisista. Oi, eu. Procuro não pensar em como sairei de tudo isso, e também por ser irrelevante. É meio torturante aquela torneira pingando, infinitamente, gotas no cérebro, formando um Sistema de Equações Complexas. Cada gota vem diferente da primeira, da anterior, daí a Teoria do Caos. Talvez, em raríssimos casos, a anti matéria não se encontre no outro, mas na própria matéria, que se perdeu ao nascer e é reencontrada na morte. Isto significa que eu procuro-me uma vida inteira, e seria interessante que houvesse luz. No caso dos átomos, já que somos feitos de átomos e há movimentação, estamos num estado de excitação constante, isto é, numa camada mais externa de energia. Fazemos combinações e soluções, e quando pronto, voltamos à origem numa emissão de luz. (tudo isso me chega com uma estranheza desconcertante) Uma vontade de alienação geral e irrestrita abate sobre mim. Não ler, pensar, ver, ouvir, falar, sentir, e de repente caio numa tão grande contradição: estou a escrever. Convivo com atitudes egoístas, uma vontade sufocante de dizer que o motivo da perda foi este. Será possível, tão difícil, entender que nada é de ninguém e ninguém é de ninguém? Acredito no Homem apenas como instrumento gerador de outros. Novamente caio em arrasadora contradição. A minha fronha foi feita em mosaicos. A passagem das viagens leva-me a vários lugares, muitas vezes espanto-me onde vou. Os lugares, o nada, o ar ou debaixo da terra, não importa aonde vá, até no nada sinto e sinto um nada, alguma coisa. Entro numa sala só, mas não digo: _ Aqui não tem nada! Tiro tudo de dentro dela, móveis, enfeites, quadros, ficando somente as paredes, o teto e o piso. Então, derrubo paredes, arranco o piso e deixo cair o teto, fico só no terreno. Então, tiro o terreno, camadas e camadas, até tirar toda a Terra, e projeto-me ao espaço, ao buraco negro. Ainda assim, não digo estar no meio do nada.

*Título e parênteses recentes.*

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Um Som!!!

Direto de Recife, Pernambuco!

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Tem outro passado, nem tanto passado, lá nabatidadoprego, ou como diz a Sandrinha Camurça, no toc!toc!toc!

.Grácias e afetos a tod@s!


6 comentários:

Jorge Pimenta disse...

olhar para dentro significa recoleccionar todos os estilhaços que nos incompletam.
beijinho, amiga vais!

Marcello disse...

Vais, moça, o que vale é especular! E deixar isso de tentar "entender" o que quer que seja pra mais adiante. Melhor é sentir.

Importante também a contradição/incoerência. Gente muito coerente costuma ser bem chata! Da minha parte, "me contradigo até quando digo quem sou"

Ah, e feliz, feliz de ver meu filhote F. aqui na caxanga. Pra mim é homenagem.

Até mais, que eu vou já lá conferir o toc!toc!toc!

Abraço

o refúgio disse...

Vais,

O Marcello é uma "viagem", rs...

Tu e as tuas doideiras: adoro!

E esse coco dub do Chico & NZ é doideira e viagem, rsrs...

Coco Dub

"Cascos, cascos, cascos
Multicoloridos, cérebros, multicoloridos
Sintonizam, emitem, longe
Cascos, cascos, cascos
Multicoloridos, homens, multicoloridos
Andam, sentem, amam
Acima, embaixo do mundo
Cascos, caos, cascos, caos
Imprevisibilidade de comportamento
O leito não-linear, segue...
Para dentro do universo
Música quântica..." (Chico Science & Nação Zumbi) :D

Beijos, queridíssima!

Vais disse...

Pois, sim, Jorge
pois, sim

beijinhos prati

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É, Marcello,
melhor é sentir
mesmo quando até o sentir é contraditório
fazer o quê, né, moço?
e assim vamos seguindo

e seu F. combinou, :)

abração

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Sandrinha, amada
eu e minhas doideiras, ahahaha
nossas doideiras
múltiplas doideiras
caóticas doideiras

às vezes quando tô por demais arretada racho o som com o Monólogo ao pé do ouvido
a capetada vaza

beijos, minha linda

Loba disse...

vais, tou rindo aqui das suas respostas! a capetada vaza...rs... acho que vou pegar a receita.
qto ao texto, tem horas que dá vontade de ir tirando tudo. só pra ver o que fica de materia. é doido isso, mas todos nós temos muito de doido, né? escrever pra gente mesmo é uma amostra. (eu vivo escrevendo! rs...)
beijo, moça

Vais disse...

Ei, Loba,
música, guitarras, tambores, etc
nossa, funciona demais
umas vozes, Janis Joplin e por aí vai

sempre gostei de escrever cartas, e estes outros escritos, aconteceu assim, depois de ler Mário Quintana.

beijos, querida

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