terça-feira, 27 de setembro de 2011

lo que pasa


Assim foi começado um outro escrito:

Um andar sem jeito pelas ruas, ouvindo o som das cigarras, vendo-as mortas nas calçadas de tanto cantar.
As escritas nas páginas saltam aos olhos e adentram, porém quase pouco saem. A visão assenta, os dedos das mãos param e quase nada sai.
Nas noites de olhos fechados imagens. Nos dias olhos abertos realidade nua crua. Não desce, intala, a água na lata contaminada, o lamento triste, a revolta, o grito sem passagem.
Andando a passeios e responsabilidades...

Mas, uma parada por aqui, pois vira e mexe surge aquele travamento, bate forte a crise existencial de tudo o que era canto recanto, de tudo o que é ao sabor. Toques não faltam, no entanto tudo trava. Há perda dos motivos, do primeiro motivo da criação, e vem de com força a frustração, a impotência, a angústia, a vontade de largar um bocado de coisas pra lá, pois já tem algumas práticas que são devidas.
Então vem o pensamento do que tornou a obsessão(será que seria mesmo este termo?):
meio ambiente, preservação, coleta seletiva, reciclar, reduzir, reutilizar,...
E surge também o pensamento, cheio de resignação, não há mais volta.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

viagens de luz e sombra

Trago este poema de Jorge Pimenta do Viagens de Luz e Sombra.


bilhete de identidade



não sei quando nasci
[a memória dormia ainda na ponta dos pés de uma bailarina].
sei que as manhãs já sacralizavam o tempo
com candeias de bruma pela estrada.
nada mudou;
apenas depuseram o orvalho
sobre o nome
e abriram a cortina para a cidade adormecida.
nem um porto
nem um lírio
nem um cavalo selvagem.

e a primavera louca se fizera
como os pássaros que se desprendem das asas
aceitando dividir a casa
com coágulos do nevoeiro.
talvez já não saibam delimitar as estrelas com a mão
neste hospício de cal branca
onde as vísceras e os ossos
aquecem a noite e os silêncios.
perdeu o manto
e deixou de sonhar
e todo o tempo se fez velho.

não sei quando nasci.
como ontem,
hoje o nome estremece no arquivo
ao lado de anagramas e estações do ano.
como ontem,
hoje o rosto no espelho
assobia lugares estranhos.
hoje,
ao contrário de ontem,
esta carne mascara-se de cera
e despede os músculos e a alma
numa ejaculação que engravida a terra e o vinho
[tenho-os secretamente guardados num frasco de vidro
com uma etiqueta perfumada.
creio que tem escrito “coração”…
ou “coroação”?...].

toda a mão que rasga o útero merece aprender a morrer.
mas foi ela um dia
[talvez o de aniversário]
que mordeu os lábios do vento
e cuspiu a terra para as sementes
[a desilusão nidifica em árvores tão estranhas].

e a morte escondeu-se no alfabeto.
e a primavera voltou a ser uma estação do ano.
e a mão solitária costurou todo o corpo,
com a paciência magra que denunciou o crucifixo.
aprendeu a sorrir para a lua
com os dentes brancos de margaridas
que caíam lentamente sobre o perdão.

não sei quando nasci…
sei que todos os homens são loucos.

Jorge Pimenta


O Som!!!!!!!!!!



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

amo ser mineira e brasilieira

O Som!!!!!!





"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão."

Paulo Freire

sábado, 17 de setembro de 2011

Foi um sábado mágico!

Tive, tivemos dois grandes prazeres neste sábado.
Pela manhã de 8 às 12 horas participei do IV Seminário Gestão Democrática – Colegiados Escolares: Fortalecendo a Gestão Democrática, na SMED (Secretaria Municipal de Educação/BH).
Em  14 de junho de 2010 foi instituído o dia 19 de setembro como Dia Municipal da Mobilização Social pela Educação através da Lei Nº 9.932 de autoria do nosso combatente vereador Arnaldo Godoy que faz parte do Comitê Municipal de Mobilização Social pela Educação, por ser o 19 de setembro dia do nascimento do nosso querido Educador Paulo Freire. Este Seminário tem o intuito de fortalecimento dos colegiados e da participação popular nas Escolas e a comemoração da Lei.

Na abertura, uma apresentação teatral do grupo de teatro bibliotecas escolares, coordenado pela Emília com a peça Balaio de gato composta por várias cenas.

Após a apresentação com muitas palmas e bravos, tivemos o imenso prazer da palestra de Walter Pinheiro Barbosa Júnior, consultor do programa nacional de fortalecimento dos conselhos escolares e do departamento de educação da UFRN.
Que maravilha!

Abaixo vão algumas anotações que fiz de sua fala e de sua apresentação na tela:

Bom dia! Significa: muita luz no seu caminho.

E ele vai recitando:

Caboclo Sonhador
(Maciel Melo)
Sou um caboclo sonhador
Meu senhor, viu?
Não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
E meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza.
Um coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de Nenem
Perguntar-me a todo instante por Baía
Mega e Quinha como vão? tá tudo bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
E em meu regaço fulminado em pensamentos
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixem que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para um novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forrofiádo tão da bexiga de bom.

Principiando
A palavra e a escuta autêntica como referência para o nosso diálogo.

Os lugares brotam dentro da gente. Lugar não é espaço físico, sou uma composição de lugares.
Entre nós ignorância/palavras.
A palavra é um centauro. A palavra é um cavalo com corpo de gente.
Onde estão as palavras?
Quanto mais eu aprendo mais ignorante eu fico, pois muito mais tenho a aprender.
Minha humanidade realiza-se na responsabilidade pelo outro.
Não fomos feitos para enxergar-nos sozinhos.
O colegiado escolar não tem um papel, mas pessoas que atribuem sentido, pessoas que dão sentido.

Ser humano é trágico: saber que está vivo e que vai morrer. Não temos controle sobre a vida.

Política: nós nos gostamos e queremos conviver. Acordos, diálogos.

O Brasil é um ornitorrinco, temos todas as caras do mundo.

Temos o poder de reorganizar, repensar o mundo.

A escola antiga: adestramento X escola atual: movimento

A base da escola são as pessoas.

O filho, a filha faz nascer o pai e a mãe.

 E durante sua apresentação vai citando e mostrando frases de Aristóteles, Lícofron, D. Maria I, Aleijadinho, Protágoras, Platão, Rosseau, Pulo Freire. E dá-lhe colegiado escolar, gestão participativa, fóruns, gestão da educação pública, gestar, gerir, participação, desafios, direção das escolas (rumo, caminho)...

E ele termina com esta frase de Guimarães Rosa:

O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no meio da tristeza...
(Guimarães Rosa)

E explica a:

Metáfora da Educação: um beijo na boca.

Simplesmente apaixonante!

Fico muito agradecida pelas filhas estudarem em escola pública.

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Voltei para casa, pois no final da tarde teríamos visita.

Com imensa satisfação recebemos aqui no barraco, com direito a bolo que a mamãe trouxe, Líria Porto do blog tanto mar
Que delícia! Fiquei honrada.

E Líria se faz assim em “de lua”:


versos para rina

estejas onde estiveres
ao contemplares a lua
(dela não arredo os olhos)
Poderei ver-te

Dir-me-ás
   é pouco

dir-te-ei
    nem tanto
    aos loucos
     basta-nos uma gota
     e o mar virá



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poderosa

a lua surge rainha
põe-se no meio do céu

o sol não suportaria
essa mulher sem cabresto

que vem e volta sozinha
sem precisar de pretexto


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doidivanas

esta doida de sentires e de pedras
de nublares de viveres e de luas
de sonhares de tornados de dilúvios

esta insana das noites seculares
dos falares dos silêncios dos transtornos
das tempestades desaguares e de lama

esta louca dos amores impossíveis
das demências dos pulsares dos entornos
das claridades dos escuros e dos vãos

esta mulher como tant(r)as
habita-me



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E assim em “Dedo de Moça – uma antologia das escritoras suicidas”

versinhos encapetados

quando nasci
não tinha anjo disponível
então um diabinho com um tridente
espetou a minha bunda e disse – vai
cai na vida – não tens outra saída

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elas

a vida é a puta
que em mim se esfrega
e espera que eu resista
às suas curvas

a vida é a santa
que me recusa
e assim me arrasta
para suas pernas

a morte é a mulher
sem intenções escusas

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verídico

foi comprar açúcar
levou mais de vinte anos

um dia voltou
pôs o pacote sobre a mesa
sentou-se acendeu o cigarro
e perguntou – o café
vai demorar?


****************** Líria, um carinho enorme, um grande beijo e muchas grácias.




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fuçando o 'outras postagens' no Refúgio da Dimensão Salvadora de Sandrinha Camurça achei este voar e cair: quase, não resisti.

voar e cair: quase


Ela era uma artista. Artista do vôo e da queda, livre. Não tinha medo de quedas e sorria, sorria. Sorria da própria quase queda. Mas ela negava que voava, sim, ela negava. Ela dizia que caía. Porque essa era a sensação que tinha: sentia que caía, sentia a queda. Dizia que gostava de sensações rápidas de queda. Como um susto momentâneo, como brincadeira de criança quando brinca de segurar o outro que se deixa cair para trás ou para frente. A queda ou quase queda fazia parte da sua vida. E eu chamo quase queda porque era uma queda interrompida. Mas sinceramente eu prefiro chamar de quase vôo porque é assim que eu vejo essa queda: um vôo, um vôo interrompido, incompleto, como acordar no auge de um sonho. Quase um vôo ou um pequeno vôo. Acordar no limiar, sem completar. A incompletude. Porque quase tudo na vida é incompleto. Ou melhor, tudo na vida é incompleto. Pouco é quase tudo. Tudo é quase um pouco. Tudo tá quase quase. Tudo nunca é tudo. Ninguém é tudo na vida. Ninguém “é tudo” na vida do Outro. Mas quantos são quase tudo? Poucos, bem poucos... E ela ? Quem é ela? Ela é quase deusa, quase bruxa, quase puta, quase anjo, caído, num quase vôo, quase vou.

Sandra Camurça

Imagem de trapezista do
 Google Images

sábado, 10 de setembro de 2011

escondido ou guardado



Pelos padrões estabelecidos ou pela sequência bem pouco natural dos acontecimentos, as rimas vieram ou chegaram um tanto mais tarde, arde, arde, arde.
Onde estava todo esse tempo?
Contato, experiência, conhecimento, sentada à mesa sustentadora das máquinas: minha impressão.
Num outro tempo, a imaginação ilusão da possibilidade, mas na concretude não há, não existe, irrealizável.



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alguns rompimentos

Em meus ataques, surtos ou acessos de total implicante, rompo.
Há tempos não faço o sinal da cruz usando os dizeres: em nome do pai do filho e do espírito santo.
O sinal continua sendo feito, muito por ter a ver com a fronte(cabeça, cérebro, mente) e com o tórax(peito, coração) e os dedos aos lábios num beijo, mas o que é falado, não.
Cadê nesta história a mãe, a filha ou mesmo a luz, que fico assim matutando, pois é a luz do divino espírito santo, e nem uma luz da divina ou da santa.
Em vários momentos do dia, da noite, ou nalguma madrugada insone, abençôo as duas pequenas filhinhas.

No caminho para a Escola abençôo as fofas.
Em nome do amor, da alegria, do carinho e do respeito.
Em nome da paciência, da luz, da sabedoria e da solidariedade.
Em nome da saúde, da proteção, da força e das brincadeiras.
Em nome da ternura, da paz, da tranquilidade e da tolerância.
E outros em nome...
Que vocês tenham uma ótima tarde na escola, brinquem bastante, aprendam muitas coisas novas, prestem bastante atenção e não deixem de falar se algo chatear e que os anjinhos da guarda protejam.
Obrigada, saravá, amém, namastê, que assim seja.
E vou voltando, que todas as crianças tenham um ótimo dia, uma ótima tarde com muito carinho, respeito, e tal e tal e tal...

Quando vão dormir, digo, durmam bem minhas lindas, tenham bons sonhos, agradecemos por este dia e por esta noite.

Nas despedidas sai um vão com a vida, sejam felizes e aproveitem bastante.

***************
O som!!!!




Desde pequena que ouço este som deste baiano arretado, vinilzão que comia solto.

Outro dia peguei emprestado o cd do querido irmão e pus pra rolar.




A Junia escutou tanto esta que a Elena pediu pra parar.


E a Elena curtiu esta. Tô fel fel fel fel, tô felvendo. 


sábado, 3 de setembro de 2011

As cidades invisíveis - Ítalo Calvino


As cidades contínuas
1


A cidade de Leônia refaz a si própria todos os dias: a população acorda todas as manhãs em lençóis frescos, lava-se com sabonetes recém-tirados da embalagem, veste roupões novíssimos, extrai das mais avançadas geladeiras latas ainda intatas, escutando as últimas lengalengas do último modelo de rádio.
Nas alçadas, envoltos em límpidos sacos plásticos, os restos da Leônia de ontem aguardam a carroça do lixeiro. Não só tubos retorcidos de pasta de dente, lâmpadas queimadas, jornais, recipientes, materiais de embalagem, mas também aquecedores, enciclopédias, pianos, aparelhos de jantar de porcelana: mais do que pelas coisas que todos os dias são fabricadas vendidas compradas, a opulência de Leônia se mede pelas coisas que todos os dias são jogadas fora para dar lugar às novas. Tanto que se pergunta se a verdadeira paixão de Leônia é de fato, como dizem, o prazer das coisas novas e diferentes, e não o ato de expelir, de afastar de si, expurgar uma impureza recorrente. O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover os restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas.
Ninguém se pergunta para onde os lixeiros levam os seus carregamentos: para fora da cidade, sem dúvida; mas todos os anos a cidade se expande e os depósitos de lixo devem recuar para mais longe; a imponência dos tributos aumenta e os impostos elevam-se, estratificam-se, estendem-se por um perímetro mais amplo. Acrescente-se que, quanto mais Leônia se supera na arte de fabricar novos materiais, mais substancioso torna-se o lixo, resistindo ao tempo, às intempéries, à fermentação e à combustão. É uma fortaleza de rebotalhos indestrutíveis que circunda Leônia, domina-a de todos os lados como uma cadeia de montanhas.
O resultado é o seguinte: quanto mais Leônia expele, mais coisas acumula; as escamas do seu passado se solidificam numa couraça impossível de se tirar; renovando-se todos os dias, a cidade conserva-se integralmente em sua única forma definitiva: a do lixo de ontem que se junta ao lixo de anteontem e de todos os dias e anos e lustros.
A imundície de Leônia pouco a pouco invadiria o mundo se o imenso depósito de lixo não fosse comprimido, do lado de lá de sua cumeeira, por depósitos de lixo de outras cidades que também repelem para longe montanhas de detritos. Talvez o mundo inteiro, além dos confins de Leônia, seja recoberto por crateras de imundície, cada uma com uma metrópole no centro em ininterrupta erupção. Os confins entre cidades desconhecidas e inimigas são bastiões infectados em que os detritos de uma e de outra escoram-se reciprocamente, superam-se, misturam-se.
Quanto mais cresce em altura, maior é a ameaça de desmoronamento: basta que um vasilhame, um pneu velho, um garrafão de vinho se precipitem do lado de Leônia e uma avalanche de sapatos desemparelhados, calendários de anos decorridos e flores secas afunda a cidade no passado que em vão tentava repelir, misturado com o das cidades limítrofes, finalmente eliminada – um cataclismo irá aplainar a sórdida cadeia montanhosa, cancelar qualquer vestígio da metrópole sempre vestida de novo. Já nas cidades vizinhas, estão prontos os rolos compressores para aplainar o solo, estender-se no novo território, alargar-se, afastar os novos depósitos de lixo.


O SOM!!!!!!

Existem coisas na vida de autoria de Itamar Assumpção e Alzira Espindola interpretada por Ney Matogorsso.


 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ao alcance

Estes dois trechos que vão são de autoria da Clarice Maia, que em 2007 se incumbiu de criar uma página no portal da PBH sobre o assunto. Por ocasião da mudança de prefeito muitas coisas mudaram, inclusive o portal e a retirada da página do bhrecicla, e atualmente obtemos informações através da SLU.  



Princípio dos 3R 

Os 3R – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – compõem o princípio norteador do Programa de Coleta Seletiva da Prefeitura de BH. Mais do que coletar materiais para serem reciclados, o objetivo maior do programa consiste na promoção de uma mudança de hábito de toda a população no que diz respeito a consumo responsável e combate ao desperdício, questões que cada vez mais estão presentes na vida cotidiana de cada cidadão.




Reduzir

Consiste basicamente em diminuir a quantidade de lixo gerado, desperdiçando menos e consumindo só o necessário, sem exageros.
O que posso fazer para REDUZIR?
A prática de reduzir já pode estar presente no ato do consumo! Antes de ir ao supermercado, faça uma lista do que você precisa, isso ajuda a diminuir o excesso de compras por impulso. Observe se as embalagens dos produtos podem ser reaproveitadas ou recicladas, e dê preferência aos refis. Observe se a quantidade de alimentos levados é compatível com o consumo em sua casa, para certificar-se que eles não vão apodrecer ou passar do prazo de validade.
Escolha produtos com menos embalagens. Muitas vezes vemos uma caixa contendo vários pacotes de biscoito, que por sua vez contêm porções individuais separadas em saquinhos, por exemplo. Há mesmo necessidade de tanta embalagem? Para biscoitos e cereais, uma boa dica é a compra de produtos a granel. Na hora de embalar, utilize o mínimo de sacolinhas plásticas necessárias. Se for possível, leve sua própria sacola de compras.
Sempre que possível, prefira usar pratos, copos, xícaras e talheres não-descartáveis, que podem ser lavados e reutilizados inúmeras vezes. Pela mesma razão, evite consumir em fast-foods, que ainda trazem canudos, sachês de temperos e saquinhos com guardanapos.
Um hábito infelizmente muito comum hoje em dia é o uso exagerado do papel. Pense bem se você precisa mesmo imprimir tudo o que imprime, em vez de salvar no computador, ou gastar uma folha inteira de caderno pra anotar um telefone, ou um recado curto, por exemplo.




**********************



Este que vai é a apresentação de um projeto que fiz na ocasião para coletar, não foi para toda a rua, apenas de uma esquina a outra, e que por vários inconvenientes não funciona na sua totalidade, infelizmente. 

Projeto Nossa Rua
Apresentação:
Este Projeto surge da necessidade de não esperar até que a Prefeitura/SLU amplie, incluindo nosso quarteirão, nosso bairro, para toda a cidade, o sistema de coleta porta a porta de materiais recicláveis, o ‘lixo’ que se pode (re)aproveitar.
Todos fazemos parte da Natureza e é neste Planeta, a Terra, que construímos nossa passagem, sabedores dos ciclos da vida: nascer, crescer, procriar, envelhecer, transformar...
Os alicerces de nossas casas, os pilares de nossos alugados ou próprios tetos estão plantados pela gravidade e pelos tubulões nesta terra.
Não são as indústrias, comandadas por seres humanos com vistas no poder sombrio do lucro do capital à base da exploração  que produzem nosso alimento mais saudável. Nosso alimento mais saudável vem da terra, a água mais fresca vem da fonte no fundo da terra, seres vivos habitam a terra e tiram/colhem dela a vida para manterem viva a vida.
Mesmo com todo o investimento na área científica para se conter a poluição, é fato que as maiores causadoras da degradação do meio ambiente e do incentivo ao consumismo são as grandes empresas/indústrias. E são elas que promovem desmatamentos, incentivam a descarga de gases, matam rios e animais, e alteram de forma drástica a vida no Planeta: são enchentes, terremotos e maremotos, furacões, desabamentos, é a Natureza ‘respondendo’ à destruição.
Pelo nosso lado, nosso lixo doméstico também polui, dentre eles, além de tudo que vem embalado e que misturamos num saco só indo parar nos lixões/aterros, temos o óleo usado quando jogado nos esgotos e nos ralos, mas não polui tanto se aproveitarmos na feitura de sabão. Temos os restos orgânicos que quando misturados a outros materiais tornam-se poluidores, mas não se forem usados como adubo.
A nossa morada cuidamos com carinho, somos até chatos com os detalhes, mas parece que a rua é de ninguém, então pode-se fazer o que quiser. Com isto, materiais que poderiam ser (re)aproveitados de outra forma vão ao chão, as fezes dos nossos queridos cachorros que ficam pelas calçadas, praças, deixando a cidade desleixada e cheia de restos/fezes espalhados, entupindo os bueiros, as bocas de lobo. Outras práticas que também geram entupimentos e desperdício de água são as lavações das calçadas, usando mangueiras,  mandando para as bocas de lobo as folhagens e restos, quando se pode varrer; são as lavações também com mangueiras dos carros, quando se pode usar balde. É a falta de educação dos adultos que reproduzem, nas oportunidades com os mais novos, esta deseducação, esta falta de respeito, falta de civilidade, esta lógica competitiva de destruição, e haja os varredores recolhendo tudo isso.
Apenas através das nossas atitudes, ou seja, não partirá de outro ser vivente, nem da gata, nem do tucano, ou de um capim, para conseguirmos fazer da Terra um Planeta mais duradouro e feliz.

Vamos separar nossos materiais, amar é cuidar, então vamos cuidar de amar a Natureza!

A tormenta que se tornou

A vontade é ir preenchendo as tantas linhas vazias com toda manifestação das emoções que se dão, afloram e transpiram, ocupando de rab...